Frequentemente – e quase sempre – a vida nos pega pelo braço e, sem permissão, lança-nos no mar aberto. É difícil compreender isso, mas, por algum motivo, nós estamos lá, sozinhos em alto mar, agarrados na mais profunda solidão (e esperança).
Por vezes, é necessário que as águas salgadas da vida encham nossos pulmões, e os peixes mais profundos do mar (como tubarões), comam as escamas que obstruem nossa visão.
Mas, depois de todo sofrimento, e de quase naufragar e morrer nesse mar horrível da vida, é que ela (a vida), nos traz de volta para a terra firme. Apesar desse processo doloroso, quando chegamos à praia, finalmente, vem à sensação de alívio.
“O sofrimento foi grande, porém, agora vem à eterna alegria”.
BUUUMMM... como sempre, a vida nos mostra que , embora tenhamos aprendido alguma coisa, a caminhada nada para por aí. Ao contrário, é o momento mais importante: a hora de caminhar. Sim, exatamente aí, na praia, chegou a hora de andar e enfrentar, como nunca antes, esse mundo desconhecido que, aliás, a cada dia, nos coloca desafios diferentes.
Nesse sentido, a vida é feita de momentos (não eternos). Somos (biologicamente) seres momentâneos. Como a neblina matinal que, pela manhã fria, encontra-se numa determinada localidade, mas, em outro, desloca-se para outras partes, a vida humana é, por assim dizer, um milésimo de segundo dentro de uma eternidade mítica. É como piscar os olhos e, tempo depois, desvanecer abruptamente.
Cada ser humano passa por momentos difíceis e, não muito raro, felizes. A felicidade, como o próprio pai da psicanálise dizia, Freud, é momentânea. Não existe “a felicidade”, mas pequenos momentos e ínfimos frascos de gotículas derramadas num oceano insalubre de nosso viver.
Os espinhos existenciais, ao lado do aroma doce e amargo da vida, nos trás belas sensações e períodos altamente refrescantes. Porém, os espinhos sempre, não adiante fugir, aparecem com veemência e sem aviso prévio.Por mais que tentamos negá-los, perfuram partes de nossos corpos. Isso dói. O sangue emerge como gotas bombásticas, fazendo-nos, simultaneamente, sentir a sensação melindrosa de viver. "Nem tudo são flores", diz o provérbio. Sim. Mas nem tudo se resume a flores e, nessa caminhada incerta do ser humano, os espinhos são, para o nosso bem, o Tendão de Aquiles, às vezes, a parte da teoria incompatível com a realidade, a imperfeição no corpo de uma mulher juvenil, etc. É, nesse sentido, o momento antecessor ao desabrochamento completo da flor de seu período de maturação, aliás: nem tudo são flores!
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