sábado, agosto 25

Parte IV:Pequenos contos fantástico de um camponês.

Entre tantas descobertas, Homenzinho, descortinou um novo mundo que, diferente de tudo que presenciou ou viu na terra, era completamente maravilhoso. Num dia lindo, em que as estrelas estavam festejando a passagem pelo Planeta Gelado, Estrela sentou perto de Homenzinho, e com a voz altamente suave, disse-lhe: 

 - Não tinha falado, mas, desde o momento que você acreditou na minha existência, daqui de cima, eu consegui detectar sua existência na terra. Isso nunca tinha acontecido com os seres do espaço, principalmente, com as estrelas. Nunca conseguimos entrar em contato com um ser humano, pelo simples fato de não acreditarem em nossa existência. Mas você, Homenzinho, acreditou no impossível; na minha existência e, por causa disso, tudo que está acontecendo e, especialmente, este momento foi possível graças a você – Estrela fez uma pausa nas suas palavras, mas olhando para Homenzinho e, como labaredas de um cometa em movimento, sussurrou: 

 - Eu te amo!-. Naquela noite, Homenzinho e Estrela tiveram uma noite de amor. Desejos e emoções se entrecruzavam reciprocamente.... No dia em que estava passando perto da Lua, a brilhante Estrela perguntou sobre a existência de flores na terra. - Homenzinho, daqui de cima, às vezes eu consigo olhar um figura muito bonita na terra. Possui cores magníficas que nunca encontrei no espaço. O que é? – Sem hesitação, Homenzinho respondeu-a: 

 - Querida Estrela, na terra, nós humanos chamamos de flores. Realmente, elas são bonitas-. Mas querendo saber mais, Estrela fez a seguinte pergunta para Homenzinho. – Daqui uns dias, nós selamos nossa “união espacial”. Quando isso ocorrer, você não poderá voltar para a terra e assumirá a forma de um cometa, assim como meus irmãos. Antes de isso ocorrer, para a “união espacial”, eu queria uma flor da terra. Mas, é necessário lhe avisar: os cometas e as outras estrelas dizem, que, uma vez que estamos no espaço e voltamos para a terra, é muito difícil voltar para cá. Muitos falam, aliás, que existe somente uma viagem de ida e não de volta. Ao pronunciar essas palavras, Homenzinho, sentiu uma dor no coração, porém, como acreditava no impossível, afirmou enfaticamente: 

 – Estrela, sei que talvez isso possa acontecer, mas, pelo amor que senti por você, é importante que nossa “união espacial”, seja marcante. Pode ter certeza, que estarei aqui com suas flores. Não se preocupe, a força do impossível que me trouxe até você, é a mesma que irá trazer-me de volta! – Ouvindo as palavras de Homenzinho, a brilhante Estrela, sem muita preocupação, concordou que, no dia seguinte, Homenzinho, estaria partindo para Terra em busca das flores para a “união espacial”. 

 Ao chegar a terra, Homenzinho, encontrou sua família. Muitos perguntaram por onde tinha andado esses cinco dias. Homenzinho, porém, falou que tinha ficado cinco anos fora de casa e não cinco dias. Foi a partir disso que concluiu , então, que  o tempo no espaço era diferente do tempo na terra. 

Além disso, contou-lhes o que havia acontecido, mas, como ninguém acreditava nele, ou melhor, no impossível, acharam que estava ficando maluco; que tinha bebido o vinho dos deuses malignos. As palavras de sua família, e até dos melhores amigos, eram como grandes pedras levantadas ao mais alto cume e jogadas sobre seus sonhos e desejos. 

Depois de falar para sua família o que tinha acontecido, Homenzinho, foi, naquela tarde, buscar as flores para sua amada. Recolheu do jardim do Rei flores bonitas; algumas de cores brancas para combinar com a pele de Estrela, e outras flores vermelhas, amarela, etc. Quando tudo estava concluindo, despediu de sua família. Nesse momento, muitos perguntaram para onde ele iria e, com toda confiança, Homezinho disse que, naquele dia, estava indo definitivamente para o espaço se casar com sua Estrela. Tudo estava preparado lá no espaço e seu regresso a terra era somente para pegar as flores. 

Muitos riam de Homenzinho e, na oportunidade, fizeram comentários jocosos. No entanto, Homezinho esperou anoitecer e, como na primeira vez, olhou para o céu e esperou o momento certo para ir embora. Viu sua Estrela brilhando no céu e segredando pronunciou em alto tom:

– Adeus a todos. A partir de agora, estou indo encontrar meu amor e não voltarei para a terra. Adeus mãe, adeus irmãos, adeus terra – Suas palavras eram penetrantes como fogo ao atingir a partes mais escuras de uma caverna. Sussurrou, gritou e exclamou freneticamente, no entanto, não conseguiu entender o que estava acontecendo. Desde o momento que pronunciou suas palavras, até então, tinha se passado horas e, por incrível que pareça, nada tinha acontecido. 

Homenzinho pequeno, sem muitas palavras, olhou para o céu, visualizando de longe sua estrela, e, ao sentir as lágrimas caírem nas maças de seu rosto e esquentar , subitamente,  sua  pela macia , gritou num som monocórdico: - Minha Estrela, minha amada Estrela, eu ainda vou encontrá-la, e por maior que sejam as forças do impossível, creio fielmente que voltarei para seus braços. Eu prometo! Além do que os olhos podem ver; que o coração possa sentir, no meu coração, bate um sentimento por você; um desejo que, maior do que tudo que possa existir no mundo, grita pelo seu amor. Eu te amo!

 E aqui chega ao fim o pequeno conto de Homenzinho Pequeno e sua Estrela Brilhante”

 Ao terminar de falar, percebeu-se no rosto das crianças e até dos adultos que estavam ouvindo, atenciosamente, o conto, uma expressão triste, mas, acima de tudo, um brilho esperançoso. Dando seguimento ao término do conto, Fuller, pronunciou, em poucas palavras, o resta do conto: 

“Muitos livros dizem, e principalmente, os sábios, que essa parte da história é inconclusa, e não sabem exatamente o que aconteceu com Homenzinho a partir de então. Alguns dizem, e com certa razão, que as palavras da família e dos amigos, atingiram o âmago da fé de Homenzinho, fazendo-o, acreditar mais no possível do que no impossível. No entanto, o mais preciso é que, depois de tudo, Homenzinho pequeno, antes de dormir, sempre olhava para sua brilhante Estrela no céu e nas noites mais escuras e frias cantava poderosamente: 

O impossível, eu vejo num desejo

 A possibilidade da impossibilidade 

 me faz caminhar em meio ao mar tempestuoso

 A realização dos sonhos num olhar

 A estrela da manhã brilha sem parar

As flores da esperança, nascem, com vivacidade
no mais insólito pântano

 Com um olhar, e simplesmente, com um desejo eu posso confia

 O impossível, pois, há de se realizar. 


Alan Ricardo Duarte Pereira Goiânia, madrugada do dia 22 de Julho de 2012.

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