sábado, março 31

Um de Nós


Se Deus [deus] tivesse um nome, qual seria?
E como seria seu rosto?
Se você encontrasse com ele e toda a sua glória?
O que você perguntaria, se você pudesse fazer apenas uma pergunta?


Sim, sim, sim, Deus [deus] é maravilhoso
Sim, sim, sim, Deus [deus] é bom
Sim, sim, sim, Sim


E se Deus [deus] fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando fazer seu caminho de casa


Se Deus [deus] tivesse um rosto,com o que seria parecido?
E você gostaria de vê-lo
Se vendo significasse que você teria acreditar
Em coisas, assim como, o Céu, Jesus e os santos
E todos os profetas


Sim, sim, sim, Deus [deus] é maravilhoso
Sim, sim, sim, Deus [deus] é bom
Sim, sim, sim, Sim


E se Deus[deus] fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando do seu jeito voltar para casa
Apenas tentando do seu jeito voltar para casa
Voltar para o céu sozinho
Ninguém chamando-o ao telefone
Exceto pelo Papa, talvez em Roma.


Sim, sim, Deus [deus] é maravilhoso
Sim, sim, Deus [deus] é bom
Sim, sim, sim, sim, sim


E se Deus[deus] fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando do seu jeito voltar para casa
Como um Holly Rolling Stone
Voltar para o céu sozinho
Apenas tentando do seu jeito voltar para casa
Ninguém chamando-o ao telefone
Exceto pelo Papa, talvez em Roma.

Música: One Of Us
Artista: Joan Osborne
Tradução: Vagalume


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sábado, março 10

O Brasil de A.C. era mais moderno que hoje


Existem coisas mal explicadas em nossa sociedade. Como por exemplo, o que de fato é moderno? Pelo que se comumente sabe, trata-se de ter o carro do ano, de roupas com tecidos estrangeiros e um corpo magro, delirante e sensual. Refletindo melhor, isso é o que se vende. É o estereotipo que rende milhões a pouquíssimas pessoas. A idéia da modernidade se apresenta com a adoção do pensamento racional e do antropocentrismo. Mas haverá caráter racional e de valorização do homem dentro de nossa sociedade?

Os índios, não os do século XXI, os realmente modernos e que existiram antes de Portugal achar que era dono do Brasil. Esses sim refletiam a modernidade. Não trabalhavam excessivamente porque afinal de contas eram racionais e sabiam que a morte chega para todos; não adianta nada trabalhar arduamente e depois morrer. Não possuíam armas ou bombas atômicas. Suas crianças não possuíam apenas os pais naturais. A aldeia como um todo era pai e mãe ao mesmo tempo. Dentro da lógica tradicional isso é uma questão habitual, usual, todos sabem. Mas se formos pensar na dialética que há entre o que era nosso pais e no que se tornou, perceberemos que a idéia de modernidade atual é algo contraditório e cheio de ilusão.

Andavam nus, mostravam seu corpo a todo mundo e não havia quem os condenasse por ordem divina ou por atentado ao pudor. O sexo se praticava na aldeia e dependendo da situação em qualquer lugar. Não havia exagero. Sua vida era pacata e seus deuses não determinavam o futuro de ninguém. A calma, a paciência e a sinceridade é que determinava o ritmo das atividades. O tempo não era controlado. Nada vinha de fora. Tudo o que precisavam era produzido por eles mesmos, até mesmo sua própria inteligência e tecnologia. O alimento era compartilhado junto com as obrigações e por isso ninguém passava fome.

Os homens não possuíam o espírito de sexo dominante e as mulheres jamais foram tratadas como sexo frágil. A divisão de tarefas era determinada pelo sexo, mas isso não impedia exceções. Homens e mulheres respeitavam a natureza. Não havia o desejo de um sobre o outro nem de acumulo. A arte era simbolizada pelos seus próprios corpos. Nem sabiam o que eram mendigos, terno ou vinho.

As mulheres gordas não eram vistas com desprezo. Os homens tinham sua natureza respeitada. O canibalismo era medonho, no entanto todos o conheciam. Não omitiam essa característica ou faziam de conta que era uma ideologia e que todos eram santos. Não havia hipocrisia em excesso. A própria sociedade não ignorava seu lado podre. Se é que assim pensavam a respeito de sua cultura e suas tradições. Como já afirmei, jamais olhavam para si ou seu semelhante com preconceito.

Como em qualquer comunidade humana, havia tribos anti-sociais e ignorantes. Em geral haviam compreendido que não há uma luta a ser travada com a Natureza. Que se trata de um ser vivo como outro qualquer e que se pode obter benefícios se as leis de convivência e respeito forem mantidas. As músicas eram produto de sua própria cultura, não careciam de um dicionário para entender o que ouviam.  

A mídia era o canto de pássaros. Não chegaram ao ponto de ter de transformar areia em vidro, petróleo em plástico e pedras em cimento. Souberam por milênios manter o ambiente do mesmo jeito que estava mesmo antes de nascerem. Respeitaram o seu ambiente e aprenderam remédios e outras dezenas formas de viver bem sem ser preciso escravizar alguém.

Não precisavam ler livros para arrumar um emprego ou aprender a respeitar. Sentiam e se orientavam pela intuição. Pelo bom senso. O conforto era estar vivo, com saúde e em paz. Desconsideraram a importância de ter ao invés de ser. Pelo contrário, foram e não tiveram. Calaram-lhe a boca e foram submetidos a crueldades. Sua cultura foi destruída e hoje ainda são conhecidos como quase alienígenas.

Estes sim eram modernos. Hoje a população exibe seus corpos e diz que se trata de ser moderno. As pessoas estão voltando a querer um contato maior com a natureza. Estão sentindo falta de sentir a si e ao mundo natural que os cerca. Perceberam que a complicação deste século não garante felicidade a todos e sim a somente alguns poucos.

Na época em que índios viveram não havia pobres e ricos, por isso jamais fez sentido haver preconceitos, objetos de ostentação ou vitrines de exposição. Todos eram iguais em essência. O Brasil era mais moderno há milhões de anos atrás. O que se chama de moderno é cansativo, destrutivo e falso. Apenas existe para garantir o sucesso, a bonança e a prosperidade de uns poucos na sociedade. No fundo sabemos que no pódio há espaço somente para uma pessoa.

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