sexta-feira, dezembro 23

Conselhos de Final de Ano



 


Quer saber um segredo?
Pode falar, pedir, perguntar
Só tem uma coisa, bem provável que só consiga terminar de complicar
É que só sei completar de indagar
E passar a falar das próprias questões mutantes

Por isso, quero deixar avisado, que
Não me incomode, não se acomode
Nem é preciso me dizer nada
Vai você seguir seguindo e sendo
E se preciso for, não faça nada por um tempo

Cultive. Mude. Transforme-se
Abra-se. Liberte-se. Cuide-se
Observe, leia o rótulo antes de consumir
E ouça Deus, não ouça o que dizem que ele é
Saiba o que procurar, para só achar o que procurar

Desentulhe os perdidos, os achados
Jogue algumas coisas no lixo
Viva com entusiasmo os dias que só serão lembrados
Recomponha. Retribua. Recarregue suas próprias energias

Faça novos amigos
Cuide da sua família
Ame-os com inteligência
Reponha, reutilize e coloque-se no outro lugar
Se conseguir, esqueça os traumas, os aborrecimentos

E se ainda lhe interessar saber um segredo
Não há poder maior que entender a sua fonte de inestimável capacidade
Descubra seu próprio poder
Seja a sua própria chance de descobrir
Melhorar, se superar e prosperar

quarta-feira, dezembro 21

Sentido sem sentido



 
Escrever é como descrever um outro ponto de vista e ler é como ver pelos olhos de outra pessoa, pensar sobre o que foi o que escrito é como conversar sozinho sobre universos particulares que se metabolizam num novo ser. Sempre que algo precisa ser escrito, da mesma forma precisará ser lido, sem esse ciclo as coisas nascem mortas. Quero dizer, tudo precisa fazer sentido, ter alguma aplicação prática e conservar um certo grau de necessidade para se conservar pelo tempo e ter validade no exercício cotidiano. Sem a consciência da urgência da vida, sem o sentimento de contribuição e sem a confiança de que mesmo sem sentido num primeiro momento, a auto realização de um dever cumprido é capaz de consagrar alguma paz de espirito, mesmo que depois nada realmente faça sentido. A vida é um todo muito complicado que só começa a se mostrar completa quando se encontra o próprio lugar nesse processo intercalado de sequências ininteligíveis. Muitas vezes acredita-se ser autônomo, estar no controle, autor da sua própria vida, quando na verdade, viver nessa consciência é apenas mais uma forma de prisão. A única certeza absoluta vem do silêncio, do sentimento inquietante que consome a felicidade de todos nos unindo através da profunda e inabalável experiência que nos conecta com a raiz da natureza humana, de que mesmo os erros podem contribuir para acertos, que a vida é um direito de tudo e de todos. Pode ser que agora nada faça sentido, nem seja capaz de se mostrar ideal agora, mas é a rebelde esperança que continua alimentando os sonhos de coisas melhores e contribuindo com que novas realidades se construam.

terça-feira, dezembro 6

A força do banal



 
O que faz um poder extraviado?
Abertamente alterado e retificado
Mal que não se acha quando procurado
Que surge amontoado, pouco visibilizado

Que usa o que diz para dizer o que não pode dizer
Imprevisível e pouco visível a crescer e se alastrar
Ao seu poder, a sua vontade, sob sua representação
Causando conflitos apenas pra poder se defender

Em que a força segue agindo controlada por seus desejos
Lobo sob capa de cordeiro caçando quem não quer se render
Limitado pela violenta violência a se desenvolver

Que disputa o que não assume
Causando medo e opressão 
A confundir o que está certo
Corrompida influência 

Que se opõe
Desconhece
E tudo faz
Ao se projetar

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