segunda-feira, outubro 24

Conflito de gênero



 
Se por um lado os homens deixaram de ter cabelo debaixo dos braços, por outro as mulheres feministas agora compensaram deixando de depilar as axilas. Se agora aos homens é permitido usar calça justa e decote gola V, as mulheres incorporaram os ternos e camisas ao guarda roupa. 

A hipervalorizalorização da imagem masculina e a estereotipação da mulher, tem dado um nó nas ideologias e nas normas de comportamento de gênero. Se por um lado os homens estão se permitindo ser mais femininos, as mulheres estão cada vez mais masculinas lutando por seu espaço debaixo do sol. 

A condição sexual tem ajudado a libertar comportamentos que antes eram próprios da mulher ou do homem. Muita gente se assusta com a forma como as pessoas gays e transgêneros se mostram ao mundo, radicalizando estereótipos e inovando suas indumentárias. Transgredindo regras culturais, ultrapassando o limite do bom senso em nome da liberdade. 

A primeira constatação depois de experimentar essa visitação do gênero oposto é a de que, a bem da verdade, quebrar essas regras de comportamento e imagem, não são tão importantes quanto acostumamos a pensar. 

Depois de aventurar um novo estilo, é impossível voltar atrás, mesmo porque, não depende da roupa que se usa, mas dos pensamentos que regem todo o comportamento. A roupa é um simples acessório que ajuda a comunicar um comportamento mental, um estágio passageiro de ideias e visão de mundo. 

A própria importância dada a questão comportamental e estética reforçam um preconceito tolhendo a criatividade e a liberdade de expressão. Condicionando a uma mesmice clássica e padronizada que fortalece uma frágil convicção de que a cada gênero existe uma natural coerção ao básico.

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