Nós, os seres humanos, existimos há
tanto tempo, e permanecemos sempre com as mesmas carências. Sempre em busca de
um amor perfeito, de uma boa vida. De encontrar um sentido para a vida, uma
justificativa para a existência. Acho que pouca gente se dá conta, mas em toda
parte do mundo as pessoas buscam as mesmas coisas, de formas diferentes.
Em se tratando de “gente”, muda-se
o idioma, a cultura, o clima, mas não se altera o sentimento de busca, de
estancar a insatisfação humana. Todas as pessoas que conheço vivem com um
sonho, com um objetivo nas mãos e na cabeça. Sempre em busca das mesmas coisas,
mas seguindo caminhos diferentes.
Não é a toa que as pessoas sentem
as mesmas coisas quando veem um filme ou ouvem uma música. Pessoas de todo o
mundo, independente de qualquer diferença, sentem e pensam as mesmas coisas,
muitas vezes sem entender, apenas sentem. E é natural que todos tenham as
mesmas sensações. É como um cordão umbilical que nos conecta com outras
pessoas, que permite se sentir semelhante ao outro, e se entregar, na medida em
que a afinidade aumenta.
Eu posso perceber isso quando
viajo, quero dizer, as pessoas são muito parecidas. Dias atrás tive a
oportunidade de conhecer um palestino e mesmo que eu não pudesse falar seu idioma,
pude saber o que se passava em sua mente observando o movimento de seus olhos. Os
olhos não mentem e todas as pessoas parecem reagir da mesma forma olhando pro
mesmo lado, quando sentem a mesma coisa.
O amor é universal, e é uma das semelhanças
que acomete a todos nós, seres humanos mortais com pouco tempo de vida. A
raiva, a esperança, o pudor, o medo, são todos sentimentos comuns a todos nós.
E é fácil perceber essas emoções em qualquer pessoa, mesmo que não seja
possível falar sua língua, ou saber de sua história de vida.
Há uma conexão humana, uma forma
única de sentir e pensar que é comum a todas as pessoas. Isso que nos une, que
nos permite entender, ser sensível ao mundo e a vida de outras pessoas. Se não tivéssemos
essa qualidade de se identificar com o outro, certamente já não seriamos
humanos.
2 comentários:
Interessante essa temática, né. Tenho percebido que as suas reflexões tem avançado em constatações mais complexas e existenciais. E isso também é sabedoria de vida, sãos coisas subjetivas que nem todos os seres humanos podem ou estão aberto a compreender essa dimensão. Os sentimentos humanos são a forma universal de linguagem entre os homens e o que defini eles como humanos. Mas essa leitura, não é para todos, é só para aqueles seres que sabem ler nas entrelinhas, aqueles que estão aptos a interpretar os detalhes mais discretos do comportamento humano. Boa noite....
Interessante mesmo, fui lendo e me lembrando de uma música que traz a mesma reflexão do Gabriel O Pensador que particularmente adoro as letras que compoem... é mais ou menos assim: 'Sou um grão de areia no olho do furacão...Em meio a milhões de grãos...Cada um na sua busca, cada bússola num coração...Cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação" E ela vem de encontro com a sua reflexão, no sentido de mostrar que o sentimento é mesmo mas não é sentido da mesma forma, porque, nós certamente tivemos nossa origem em um mesmo princípio, no entanto, o que foi construido daí adiante é a nós muito peculiar, tanto que as reações frente a caminhos e ferramentas identicas que a vida disponibiliza para o nosso crescimento são diversas com o fim eficaz ou nao, feliz ou nao, mas todos...recheado de aprendizado.
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