De tantas vezes acreditar ser alguma coisa
E de repente, ser coisa alguma
Dos descasos de uma vida sem sentido
Sem significado definido
Explicar o que não tem justificativa
Falar de resultados sem relevância
Mentir pra deixar de contar
Verdades sem importância
Buscar pra notar a existência sem finalidade
De uma vida que não precisa se comprovar
Que das dores e desamores
Não é preciso nada combater, apenas viver
E de tanto saber
Perceber que nada sabe
E que o silêncio é sempre a melhor resposta
Para uma pergunta que você achava saber responder
A alegria só percorre corações sem sentido
Isentos de qualquer discernimento
Apátridas de qualquer juízo
Apenas sedentos