Vivemos uma guerra da informação.
Várias lutas já se consolidaram pela democratização dos meios de comunicação.
Por uma mídia livre, por novas leis regulatórias e mais próximas do que
realmente alcança a opinião pública. Os atuais meios de comunicação publicam
opiniões sobre fatos. Um ciclo que se resume a imprimir padrões de análise
falaciosos sobre as reais notícias.
As últimas informações correntes
dão conta de que os Estados Unidos, por meio da NSA, monitora presidentes da
América Latina e de outras várias partes do mundo. Investigam ligações,
informações pessoais dos presidentes e notícias que valem milhões no mercado
econômico. Por exemplo, a notícia de que uma empresa vai ter falência decretada
pode valer milhões e levar incontáveis pessoas a sacar seus proveitos antes.
A petrolífera brasileira
Petrobras também é alvo de espionagem, assim como outras várias grandes
empresas. Informações que podem desencadear reações inesperadas de todas as
partes. Muitas dessas informações provavelmente subsidiam estratégias políticas
de controle econômico para promoção de cartéis velados.
Essa conduta de controle em nome
da ‘segurança’ coage cada vez mais expressões públicas e cria uma ditadura
digital. Mensagens privadas, localização e hábitos pessoais se tornaram uma
forma de controle pelas empresas que cada vez mais comercializam informações
pessoais. Os navegadores mais populares se tornaram um programa que grava
hábitos e conteúdos pessoais. Uma gestora da Google chegou a afirmar que é
possível dizer o que exatamente você poderia estar fazendo ou pensando agora.
Todos os sistemas se integraram
formando um espectro de controle sobre cada um de nós. As redes sociais se
misturaram com a vida real, os bancos se fundiram com agências aéreas,
universidades, indústrias e hoje financiam grande parte das candidaturas
políticas em várias partes do mundo. A Economia Verde bate à porta e promete
capitalizar de vez o acesso a recursos naturais básicos, como a água por
exemplo.
A pretexto de combater
malfeitores os governos causaram a ditadura velada, o politicamente correto e o
ser humano normal. Os meios de entretenimento e os canais de televisão já são
tidos como outra dimensão da realidade, mas mesmo com esse ar de fantasia muitas
pessoas são controladas pela falta de opção. As hegemonias do capital estão
cada vez mais unidas, fortalecendo cada vez mais uma lógica irracional de
consumo e alienação política.
* Trecho de Minha Alma
- O Rappa / Marcelo Yuka