Tem alguns espécimes de pessoas que se você ainda não conheceu não se preocupe você ainda vai conhecer, estão por toda parte infestando ambientes e enchendo a paciência de alguém. Um bom exemplo de pessoas inconvenientes são aquelas que se fazem de coitadas se vestem de vitimas.
Quando a vida não é dura o bastante com essas pessoas elas aumentam o comentário de alguma situação por ela vivido; enchendo de drama ou de melancolia. Muitas vezes eles (as) capricham tanto que nem sabiam do que eram capazes de piorar aquele problema. Quando as coisas estão muito bem, logo procuram com suas mãos outro problema.
A paz a seqüência natural de acontecimentos não lhes é satisfatória, é muito normal. Sem nenhum problema não é possível clamar, argumentar, pedir misericórdia e nem se vestir de autoflagelo.
Normalmente essas pessoas são carentes e necessitam de carinho e atenção extrema. Não aprenderam a ter um relacionamento consigo mesmo (a), precisam de alguém para lhes ajudar. Não se vêem como autocapazes, precisam de alguém em quem possam escorar, e encontrar refúgio, consolo e palavras de ânimo.
Sua vida é respaldada sobre o outro o que o outro acha, o que o outro supõe que seja. Muitas vezes essa sede de precisar do outro é subjetiva, a pessoa busca, mas não percebe. É como fazer sem ter consciência, algo como andar na rua á noite sonâmbulo. Eles ignoram toda conversa que possa denunciar sua fraqueza, demonstrar sua dor, reconhecer sua debilidade e consequentemente sua necessidade do outro.
Isso normalmente acontece entre amigos, mas é muito mais comum dentro das famílias. O que muitas vezes impede de perceber essas pessoas é o sentimento de união que pode vir a ser desmembrado. A pessoa diagnosticada com essas características de dependência extrema dos outros – na maioria dos casos, não percebem sua deficiência; em sua mente são auto-suficientes em tudo.
Tentar falar do assunto com essa pessoa pode significar cortar os laços de amizade ou afinidade. Elas não aceitam a realidade, pois em sua cabeça as coisas funcionam de outra forma – a realidade é outra.
As verdadeiras vítimas que são as pessoas que suportam esses indivíduos, com o tempo elas não suportam nem mesmo conversar com o doente que por sua vez não aceita sua dificuldade. Levar um relacionamento desses a frente é arriscado e conturbado, o melhor é cortar as relações com essas pessoas por pelo menos um tempo. Até que elas ao menos consigam se agarrar em outra presa.
São piores do que os arbustos que se agarram nas árvores e com o tempo tomam o lugar da planta que morre por falta de ar, água e sol. Nutrem-se do desejo de viver dos outros, são os chamados sanguessugas espirituais, sugam toda e qualquer força a sua frente.
Repare, corte e mate as sanguessugas de sua vida. Ajude quando possível, mas o melhor é deixá-las aprender a respeitarem a espaço dos outros com a própria vida, não há escola melhor do que a vida. E se por acaso você percebeu alguma semelhança entre suas atitudes e a doença aqui relatada, não tenha medo de dizer pra si mesmo (a) sua fraqueza e procure ao único que é capaz de sanar sua sede por preenchimento: você mesmo. Relatar isso é um desejo antigo, já que não faltam seres assim.