Se por um lado os homens deixaram
de ter cabelo debaixo dos braços, por outro as mulheres feministas agora
compensaram deixando de depilar as axilas. Se agora aos homens é permitido usar
calça justa e decote gola V, as mulheres incorporaram os ternos e camisas ao
guarda roupa.
A hipervalorizalorização da
imagem masculina e a estereotipação da mulher, tem dado um nó nas ideologias e
nas normas de comportamento de gênero. Se por um lado os homens estão se
permitindo ser mais femininos, as mulheres estão cada vez mais masculinas
lutando por seu espaço debaixo do sol.
A condição sexual tem ajudado a
libertar comportamentos que antes eram próprios da mulher ou do homem. Muita
gente se assusta com a forma como as pessoas gays e transgêneros se mostram ao
mundo, radicalizando estereótipos e inovando suas indumentárias. Transgredindo
regras culturais, ultrapassando o limite do bom senso em nome da liberdade.
A primeira constatação depois de
experimentar essa visitação do gênero oposto é a de que, a bem da verdade,
quebrar essas regras de comportamento e imagem, não são tão importantes quanto
acostumamos a pensar.
Depois de aventurar um novo
estilo, é impossível voltar atrás, mesmo porque, não depende da roupa que se
usa, mas dos pensamentos que regem todo o comportamento. A roupa é um simples
acessório que ajuda a comunicar um comportamento mental, um estágio passageiro
de ideias e visão de mundo.
A própria importância dada a questão
comportamental e estética reforçam um preconceito tolhendo a criatividade e a
liberdade de expressão. Condicionando a uma mesmice clássica e padronizada que
fortalece uma frágil convicção de que a cada gênero existe uma natural coerção
ao básico.
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